Era dezembro. Estavam à mesa, como costumavam fazer no almoço de domingo, um dos raros momentos em que a família se reunia. Naquele dia, como de costume, o pai juntou-se à família quando todos já estavam terminando a refeição. Enquanto se servia, perguntou aos filhos o que eles gostariam de ganhar como presente de Natal. O filho mais velho parecia que já estava preparado para pergunta e, como ia começar a cursar a faculdade, prontamente disse que precisava de um computador novo. O filho do meio também não titubeou e pediu ao pai um skate. A irmã caçula, no entanto, permaneceu calada. Ao perceberem o silêncio da menina, que contava 8 anos de idade, os pais perguntaram se ela não queria receber algo no Natal. Com ar desesperançoso, a garota disse que não poderia ganhar o presente que gostaria de receber. Todos se espantaram e quiseram saber o que poderia ser assim tão inalcançável. Ao que ela respondeu:
– Eu gostaria de contar ao meu pai como foi que eu venci a gincana da escola este ano. Mas é uma história longa e ele não vai ter tempo para ouvir…
O relato acima é fictício, mas bem que poderia ser real. Ele ilustra um problema muito comum nos dias de hoje: a falta de atenção para escutar o outro. Perdemos o hábito de parar e ouvir as pessoas verdadeiramente, de maneira atenta, sincera, profunda e reflexiva. Está em falta o que se chama de escuta ativa.
Neste fim de ano, fica a sugestão: presenteie as pessoas queridas com minutos de escuta ativa. Você vai perceber o valor de um verdadeiro presente.
Feliz Natal e um ótimo 2018!