Quando devo usar o Mentoring com meu cliente de Coaching?

Quando devo usar o Mentoring com meu cliente de Coaching_

Confundir Coaching com Mentoring ainda é muito comum em pessoas que não são da área de desenvolvimento humano e até mesmo em algumas das que fazem parte desse campo profissional. Se você tem acompanhado nossos artigos, sabe que as duas metodologias, embora possuam semelhanças, possuem distinções marcantes, como explicamos no texto “Qual a diferença entre Mentoring e Coaching, afinal?”.

Ambos os processos visam a provocar alguma mudança ou evolução nos envolvidos e podem, inclusive, complementar-se, como falamos no artigo “Como o Mentoring pode expandir minha atuação como coach?”.

O Mentoring pode enriquecer um processo de Coaching ao promover transferência de conhecimento, o aprofundamento da relação entre o coach e o coachee e a intensificação da confiança entre eles.

Mas é importante lembrar que não são todas as situações em que mesclar as duas abordagens será possível. Para que isso aconteça, são necessárias algumas condições que tornem o caso específico passível de adaptação. Veja a seguir algumas dessas situações:

  • Quando o coach possui competência, conhecimento e experiência no campo específico em que o coachee deseja desenvolver-se;
  • Quando o coach tem experiência suficiente para perceber que adotar aspectos do Mentoring no seu atendimento pode ajudar seu cliente;
  • Quando o coachee dá permissão (mesmo que tacitamente) para que o coach assuma posturas de mentor;
  • Quando o coach é um profissional de mente aberta, que não se prende exclusivamente às ferramentas de Coaching.

Ao atuar dessa forma, é muito provável que o coach promova resultados ainda mais avançados. Tive a oportunidade de colocar isso em prática muitas vezes com meus clientes e posso dizer que os ganhos são enormes, tanto para eles quanto para mim.

Lembro que certa vez compartilhei com um cliente que eu havia vivenciado com meu pai uma situação semelhante à que ele estava enfrentando com seu genitor. Aquilo me deu uma empolgação a mais com o atendimento e uma conexão especial com o cliente, pois eu me reconhecia na história dele.

Ele também se identificou com minha experiência e ficou mais à vontade para compartilhar suas dores e desafios. Em suma, nossa relação ficou mais próxima e, em consequência disso, o processo avançou de maneira mais rápida e eficiente.  

O coach deve ficar atento à oportunidade de usar o Mentoring

Nesse caso, relatar uma história pessoal foi minha maneira de tirar o chapéu de coach e colocar o de mentor. Mas há outras formas de fazer isso, a depender da situação. Às vezes o problema trazido pelo cliente desperta a minha intuição e me faz ser mais incisivo sobre ele, aconselhando-o, por exemplo, no processo de pesar as consequências de uma decisão ou ação que ele esteja planejando tomar.

Adotar essas e outras posturas de mentor dentro de um processo de Coaching pode ser muito importante para o sucesso do trabalho da dupla, mas isso não significa que se deve abandonar as ferramentas de Coaching. Não. As duas metodologias podem coexistir. O que sugerimos aqui é que o profissional tenha sensibilidade e maturidade para perceber quando fazer uso de cada uma delas.

E você? Que experiências tem com o uso de abordagens do Mentoring com clientes de Coaching? Que tal me contar nos comentários?

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