“Para mim, todos os alunos são iguais. Não tenho preferidos.” Quem nunca ouviu um professor falar isso? Porém, como professor de colégios e cursos que fui por 13 anos, posso dizer que isso não é totalmente verdade. Eu mesmo consigo me lembrar com nitidez dos meus alunos “preferidos”.
Deixe-me explicar melhor. Quando digo “alunos preferidos”, eu me refiro àqueles com quem criei uma conexão especial. Esses alunos me estimularam a ir além do que era previsto pelo meu papel de professor. Nessa situação, surgiram várias relações de mentoring.
Eram alunos que demonstravam interesse espontâneo pela matéria que eu ensinava, dedicavam-se mais às atividades durante as aulas e buscavam informações adicionais comigo. Eles estudavam mais sobre o tema e traziam questionamentos para a sala de aula, que acabam enriquecendo as discussões, estimulando − e até desafiando − o professor. Eu também percebia neles uma admiração não só pelo meu conhecimento da matéria, mas também por minhas posturas, valores e opiniões.
Do outro lado, eu tinha uma dedicação a mais por esses alunos. Estimulado pela vontade de aprender que demonstravam e com a aproximação deles, eu oferecia material extra, estendia o papo além do horário da aula, recomendava leituras, trocava opiniões sobre elas e estendia a convivência a outros ambientes para aumentar as oportunidades de aprendizagem. E isso não significava que eu os protegia. Ao contrário, eu exigia muito mais deles nas provas, porque sabia que estavam mais preparados que os outros. Foram experiências muito gratificantes tanto para eles quanto para o mim.
Quando esse tipo de relacionamento acontece, gera-se uma satisfação muito grande para ambos. Como sempre digo, o mentoring é uma relação ganha-ganha. Todos os envolvidos se beneficiam. E, no caso do ensino, uma enorme vantagem é o aumento da motivação em sala de aula.
Essa é, sem dúvida, uma relação muito proveitosa para a educação. Afinal, o caminho da aprendizagem costuma ser longo e cheio de obstáculos, que é mais fácil vencer quando se tem uma dose a mais de motivação. E o mentoring se mostra uma alternativa excelente para estes casos.
E você? Já teve uma experiência de mentoring como aluno ou professor? Conte sua história nos comentários!
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