A prática do mentoring formal, estruturado é algo ainda novo em nosso país. Isso dá margem ao surgimento de muitos conceitos e referências incorretos sobre o assunto.
Vez por outra, vejo um aluno, um amigo ou mesmo um cliente com ideias errôneas ou incompletas sobre o mentoring e como ele acontece. De todos esses casos, percebo que alguns são mais recorrentes, podendo ser considerados verdadeiros mitos sobre o assunto.
Na lista abaixo, apresento 5 mitos sobre o mentoring e explico por que cada um deles não é verdade.
1. O mentor tem que ser mais velho que o mentorado
Se eu pedir a você que imagine duas pessoas numa relação de mentoring, é provável que venha à sua mente a imagem de uma pessoa mais velha como mentor e outra, mais jovem, como mentorado. Acertei? Pois é. A literatura atual e a prática do dia-a-dia mostram que isso nem sempre é verdade. Afinal, uma pessoa mais nova pode ter mais conhecimento e experiência em determinada área que outra mais velha e, assim, atuar como mentora desta.
2. Dar conselhos faz da pessoa um mentor
O aconselhamento é apenas uma das funções do mentoring. Para que alguém seja considerado mentor é preciso que desenvolva uma relação de confiança com o mentorado por meio da qual serão desenvolvidas também outras funções, como orientação, papel de modelo e mais.
3. Quem é um modelo ou referência para alguém pode ser considerado um mentor
Servir de modelo, de exemplo para o mentorado é uma das funções de um mentor. Mas apenas ser modelo não faz da pessoa um mentor. Dizer, por exemplo, “Mandela é meu mentor, porque a vida dele me inspira muito” é no mínimo uma afirmação distorcida. Para haver mentoring verdadeiramente, é preciso existir um relacionamento mentor-mentorado, em que outras funções essenciais serão exercidas pelo mentor.
4. Existe uma hierarquia entre mentor e mentorado
Dentro da boa relação de mentoring, não há hierarquia nem exercício de poder pelo mentor. O fato de saber mais não lhe confere essas prerrogativas. O verdadeiro mentor entra no processo de mentoring com o intuito de ajudar o mentorado sem necessidade de posicionar-se como superior a este.
5. Um mentor supre todas as necessidades de desenvolvimento de um mentorado
É comum que uma pessoa precise de mais de um mentor. Afinal, às vezes temos carência de conhecimento e segurança em diversas áreas que não podem ser supridas por um único mentor. Analogamente, um mentor pode mentorar diversas pessoas ao mesmo tempo, dependendo do conhecimento e da experiência que tenha e da sua disponibilidade de tempo.
Pronto: não acreditando mais nesses mitos, você já não é mais um iniciante quando o assunto é mentoring.
Gostou? O que mais deixa você em dúvida com relação ao mentoring? Responda nos comentários, que eu posso ajudar você!
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