Startup é um termo que se popularizou bastante no mundo dos negócios ultimamente, fazendo com que muitas vezes ele seja empregado de maneira inadequada. No entanto, para a maior parte dos especialistas em negócios, a definição para startup pode ser esta: “um grupo de pessoas em busca de um modelo de negócios repetível e escalável que seja viável em meio a condições de extrema incerteza”. Entenda melhor neste artigo da revista Exame.
Como não se pode afirmar que o projeto (a startup) é viável ou não até que se encontre um modelo de negócios (em outras palavras, uma maneira de transformar o trabalho realizado em dinheiro) repetível e escalável, a incerteza que permeia o desenvolvimento de uma startup é altíssima.
Uma pesquisa realizada pelo Sebrae e pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços demonstrou que cerca de 30% das startups analisadas fecharam as portas no ano anterior à pesquisa. Elas apontaram como principais motivos para o fechamento a dificuldade de acesso a capital (40%), obstáculos para entrar no mercado (16%) e divergências entre os sócios (12%).
Pensando no desafio das startups, percebo o quanto o mentoring pode ser benéfico para quem decide encará-lo. Na minha opinião, o auxílio de um mentor pode diminuir bastante os riscos e as incertezas que envolvem o desenvolvimento de uma startup, com destaque para os benefícios trazidos por algumas das funções de mentoring (é assim que chamamos as atitudes e comportamentos do mentor). Veja a seguir.
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Orientação
Orientar é uma função básica do mentor e tem o sentido de ensinar e oferecer subsídios para que o mentorado aprenda. No caso do mentor de um líder de startup, é fundamental que ele forneça ao mentorado informações, dados, pesquisas, dicas, treinamento, instruções, atalhos e fontes de estudo relevantes sobre o mercado que a startup pretende se inserir. Tudo isso tem um valor imenso para quem está começando em uma nova área ou subindo a outro patamar.
Proteção
Embora possa existir durante todo o processo de mentoring, a função de proteção é particularmente importante na etapa inicial. É quando o mentor mais contribui para que o mentorado não cometa erros técnicos e de conduta, evitando que comprometa sua imagem e seu crescimento. No caso do mentoring para grupos ou líderes de startups, a função de proteção é essencial, pois evita a exposição negativa diante do mercado em que se pretende inserir e, mais diretamente, diante de possíveis investidores no projeto.
Exposição-e-visibilidade
À medida que o mentorado evolui, vai passando segurança ao mentor até chegar ao ponto em que este se sente confiante para expor o mentorado a situações que representem oportunidades. Assim, o mentor pode, por exemplo, abrir canais, apresentando o líder de startup a pessoas importantes para o negócio, inserindo-o em ambientes onde ele possa ser observado por uma ótica positiva e possa se relacionar com possíveis clientes, investidores e até mesmo outros mentores.
Patrocínio
Ao longo do processo de mentoring, a evolução do mentorado pode chegar a um ponto que gera no mentor um grau de confiança muito alto, a ponto de fazer com que este tome iniciativa de patrocinar aquele. Isso significa que o mentor, dentro das suas possibilidades, passa a defender que terceiros comprem serviços da startup ou mesmo que invistam nela. É claro que, para se chegar a esse ponto, o nível de confiança do mentor é tal, que ele se arrisca a “colocar a mão no fogo” pelo seu mentorado.
Papel de Modelo
Via de regra, o mentor exerce o papel de modelo, de exemplo, de referência para o mentorado. No ambiente específico que estamos analisando, o das startups, se o mentor for um bom empreendedor, que tenha sucesso e boa reputação, servir de modelo para o mentorado será fundamental. Isso porque quem está em uma fase de novas experiências de negócios pode necessitar mais do que em outros momentos de alguém para se inspirar e seguir como exemplo.
Escuta-e-aconselhamento
Não podemos esquecer que o processo de mentoring ocorre em um relacionamento interpessoal. Portanto é imprescindível que mentor e mentorado tenham uma conexão positiva, baseada em respeito e dedicação ao processo. No mentoring para líderes de startups, o apoio emocional do mentor se mostra muito precioso, pois o líder da startup passa por muitas situações desafiadoras e estressantes, situações em que o apoio de alguém mais experiente pode ser fundamental. Dentre as funções de mentoring que devem ser aplicadas nessas horas, destaco a escuta-e-aconselhamento. Ela ocorre quando o mentorado traz uma questão para o mentor e este realiza uma escuta ativa, atenta e reflexiva. A partir disso, pesando prós e contras, considerando as experiências do mentor e adotando perguntas eficazes, são gerados diálogos produtivos que introduzem o mentorado no caminho das soluções que busca. Assim se desenvolve o aconselhamento no processo de mentoring.
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