O estresse é um dos grandes problemas do mundo contemporâneo e alguns dos principais fatores que o provocam estão no ambiente de trabalho. Muitas vezes, não é natureza da atividade que é estressante, mas os relacionamentos mal estruturados que acabam por gerar tensões.
E a relação costuma ser mais delicada quando se trata de chefes e subordinados. De acordo com uma pesquisa realizada pela psicóloga Michelle McQuaid nos Estados Unidos, 65% dos entrevistados acreditam que ter um bom chefe traria mais felicidade que ganhar um aumento de salário.
Conflitos entre líderes e colaboradores
Quando se entra nesse campo, as queixas são muitas e variadas. Mas as principais reclamações, segundo a Revista Exame, giram em torno de 5 aspectos: reconhecimento zero, autonomia demais ou de menos, desafios desestruturados, ausência de aprendizado e evolução, falta de transparência e respeito mútuo. Ao que me parece, esses problemas, em grande parte, resultam da adoção do modelo de liderança que impera na maioria das organizações brasileiras: o comando-e-controle.
A liderança comando-e-controle é aquela baseada, entre outras coisas, na autoridade, na obediência cega, na centralização do poder e no baixo incentivo ao desenvolvimento dos liderados. Uma liderança com essas características acaba criando um ambiente pouco satisfatório e gerador de estresse para os subordinados.
Mentoring, liderança e estresse
Há várias soluções para a minimização desse problema e considero que uma delas é a adoção do mentoring como um pilar da liderança. Sabe por quê? Um artigo da consultora australiana Ann Rolfe nos dá algumas dicas nesse sentido:
- No mentoring ocorre uma relação de apoio e suporte. Uma das funções iniciais do processo de mentoring, a aceitação, possibilita que o mentorado se sinta mais à vontade para se desenvolver e lidar com os desafios.
- Ajudar outra pessoa a se desenvolver estimula áreas do cérebro responsáveis pela liberação de dopamina, um neurotransmissor que ajuda na sensação de bem-estar
- Desenvolver relações com pessoas diferentes ajuda a expandir nossa perspectiva, diminuindo a resistência a ideias discordantes, o que gera ambientes mais harmônicos
- O processo de mentoring estimula o pensamento criativo e crítico. Mentores aprendem a estar presentes, a ouvir conscientemente (escuta atenta e ativa) e a evitar pré-julgamentos, o que também contribui para relações mais harmônicas.
E, então, o que acha? Já havia pensado em mentoring como uma solução para o estresse no trabalho? Mentoring pode ser algo surpreendente. Que tal começar a usá-lo agora mesmo na sua organização?
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