Vou começar hoje com um trecho de um artigo escrito por duas das maiores estudiosas do Mentoring: Belle Rose Ragins e Kathy Kram. Elas propõem: “Quando nos pedem para contemplar os relacionamentos que fizeram a diferença em nossas vidas – os relacionamentos que nos deram coragem de fazer as coisas que nós pensávamos não poder fazer, relacionamentos que guiaram nosso desenvolvimento profissional ou até mesmo mudaram o curso de nossas vidas –, muitos de nós pensamos em relacionamentos de mentoring”.
Quando olho para trás e vejo todo o caminho que percorri, não posso deixar de pensar nas pessoas que de alguma forma contribuíram para minha formação e minhas conquistas. E as primeiras que me vêm à mente quando penso nisso são os meus pais. Verdadeiros mentores, suas orientações, conselhos, proteção e patrocínio foram os pilares da minha educação e me impulsionaram para ser o adulto e, principalmente, o pai e o cidadão que me tornei.
Houve um tempo em que me dediquei à docência (sim, fui professor de Português) e nessa área tive um mentor muito importante: meu professor Gaudêncio Lopes, que serviu de inspiração no meu início, um momento em que eu ainda não possuía meu próprio estilo em sala de aula. Quantas vezes não me flagrei reproduzindo suas abordagens, sua didática e até seus gestos? E mais adiante, quando trabalhamos juntos, quanto apoio, prestígio e promoção recebi dele!
Sônia Calado Dias foi também uma dessas luzes para mim. Foi ela quem me apresentou o enfoque científico do Mentoring, no mestrado em Gestão Empresarial. A sabedoria e o entusiasmo com que ela tratava o assunto logo me tornaram cativo do tema. A partir daí, sendo Sônia minha orientadora, desenvolvemos um relacionamento dentro e fora da sala de aula que foi uma verdadeira prática de mentoring, coroada de desafio, aceitação, confirmação, aconselhamento e abertura para a amizade.
Às vezes essas pessoas que nos servem de mentores nem se dão conta de que exerceram esse papel em nossas vidas. Independentemente disso, devemos registrar para elas nossa infinita gratidão pela importância que tiveram para nós. É por isso que convido você a parar um pouco, olhar para trás e perceber quem foram os seus mentores. Que tal aproveitar a oportunidade e prestigiar, homenagear essas pessoas?
No artigo anterior, falei sobre o National Mentoring Month, o Mês Nacional do Mentoring, celebrado nos Estados Unidos. Um dos pontos principais dessa campanha é justamente estimular a gratidão aos nossos mentores por meio do “Thank Your Mentoring Day”, o Dia de Agradecer ao seu Mentor. Foi em 19 de janeiro. Tudo bem que a data passou, mas nunca é tarde para agradecer a quem fez a diferença em nossa trajetória, não é mesmo? Todo dia é dia para isso…
Lembre que a recompensa mais significativa para um mentor é saber que realmente contribuiu para o desenvolvimento do seu mentorado. Então mostre para ele ou ela como efetivamente ajudou você e quais os resultados desse suporte. Telefone, envie um bilhete, um presente, um e-mail, um recado nas redes sociais, faça um vídeo… Enfim, o que importa é o agradecimento. E, se sua homenagem for feita pela internet, que tal usar as hashtags #ThankYourMentor e #MentoringcomErlich?