Quando falamos em novos negócios, não há garantias ou regras para o sucesso. Porém aprender com quem já fez é uma maneira bem segura de evitar erros comuns quando se está começando. Orientar e servir de exemplo para novos empreendedores são tarefas que podem ser bem desempenhadas por um mentor. Elas estão previstas entre as funções do mentoring.
Para quem vai mentorar alguém que esteja começando um novo empreendimento, o conselho mais importante que dou é: lembre que você não é mentor do negócio e sim da pessoa que o dirige (no vídeo ao fim do texto, falo mais sobre isto). Ou seja, você não tem responsabilidade sobre o empreendimento e seus resultados. Como mentor, seu papel é ajudar o mentorado a se desenvolver. Obviamente, isso refletirá positivamente no negócio.
Além de desempenhar as funções básicas de um mentor, quem se dispõe a mentorar um empreendedor pode também ajudá-lo em aspectos específicos do negócio. Por exemplo, é interessante que o mentor ajude o empreendedor a evoluir sua ideia inicial de negócio, indicando caminhos e ajudando-o a encontrar possíveis patrocinadores. Seu papel é também trazer novos olhares sobre o negócio, compartilhar informações relevantes sobre o mercado e, claro, com sua experiência, evitar que o novo empreendedor cometa erros que ele próprio cometeu no passado.
Mas é importante o mentor ter em mente alguns limites. Não é papel dele definir o produto ou serviço do mentorado. Isso, entre outros aspectos, como o nicho que a organização pretende atender, deve estar definido por quem está à frente do projeto. É interessante que o mentorado só procure um mentor quando tiver essas definições. Assim, poderá conseguir a pessoa mais adequada para o processo de mentoring.
Em resumo, há uma linha tênue que separa o que é pertinente do que não faz parte do papel do mentoring de empreendedores. É preciso que ambos, mentor e mentorado, estejam atentos e preparados para que o processo ocorra da forma mais proveitosa possível.