Aos 28 anos, Thálassa é mentora em branding pessoal digital

Aos 28 anos, Thálassa Coutinho é mentora em branding pessoal digital

Design thinking, branding pessoal, neurobranding, coaching e mentoring. Embora com 28 anos, Thálassa Coutinho é um caso especial: acumulou experiência em todas essas metodologias, criou uma agência de marketing digital, começou a empreender de maneira autônoma como consultora e hoje é mentora em branding pessoal digital. E Thálassa já tem muita história pra contar. Conheça algumas delas na entrevista que essa participante da Formação em Mentoring concedeu para o nosso blog.

A produção da entrevista é de Renata Tavares com texto de Maíra Borges e design de Danilo Miquéias.

Conheça os outros entrevistados da série Mentor Profissional aqui no blog!

Boa leitura!

Aos 28 anos, Thálassa Coutinho é mentora em branding pessoal digital

Thálassa, ser mentora em sua idade é uma quebra de paradigmas, pois as pessoas, no geral, têm uma ideia do mentor como alguém mais velho e do mentorado como alguém jovem…

É, eu tenho 28 anos. No meu caso acontece o contrário. Na verdade, 95% dos meus clientes são mais velhos que eu. Isso não me prejudicou até agora. Acredito que eles olham mais para expertise e para a entrega de resultados e não levam em consideração a idade. Sempre tive uma relação ótima com todos eles. E algumas pessoas dizem que ajuda o fato de eu ser da geração digital, para que eu possa ajudá-las também.

Entendo. Você pode nos contar um pouco da sua formação e experiência profissional até hoje?

Eu trabalho há 8 anos com marketing digital. Fazia jornalismo, mas não cheguei a me formar. Passei a me identificar com marketing digital nessa época, quando eu também tinha um blog. Passei a gostar muito de fazer o marketing de conteúdo e isso me fez sair da faculdade. Comecei a agregar vários clientes e, em 2012, abri uma agência. Fiquei com essa empresa por 6 anos. Há 4 anos, descobri o branding para marcas e o branding pessoal e percebi que eu estava, sem querer, fazendo um trabalho de marca pessoal. Aí eu comecei a ser mais estratégica. Foi quando eu comecei a prestar consultoria dentro do marketing de influência para os influenciadores se desenvolverem. Então eu criei minha própria metodologia com o que eu tinha estudado e com minha própria vivência mesmo.

Quando eu descobri o mentoring do Paulo, eu entendi que o que eu fazia era mais mentoring do que consultoria em si. Eu levava muito para o lado relacional, emocional da coisa, não psicoterápico, mas ia muito mais além da parte técnica, do “você me pergunta e eu lhe respondo”. Existia um relacionamento, existiam vulnerabilidades que precisavam ser trabalhadas. Depois eu desfiz a sociedade e decidi que queria trabalhar com consultoria para marketing pessoal, pois já tinhas alguns cursos e vivências também. Já tinha atendido muita gente. Em agosto, descobri o Paulo, quando comecei a ler sobre mentoring.

Como o mentoring chegou até você?

Eu sou muito curiosa. sou tipo um buraco negro pesquisando. O SEO (search engine optimization) é maravilhoso, aquele negócio de leitura relacionada. Aí você vai clicando, clicando… Enfim, por acaso, eu encontrei uma matéria falando sobre mentoring. Aí eu fui buscar sobre mentoring no Google e na primeira página mesmo já apareceu o Paulo. Aí eu meio desconfiada (porque eu sou assim: para eu investir em um negócio, eu tenho que ler muita recomendação), fui assistir a uma live que ele fez no YouTube sobre o mentoring e tal e gostei muito. Gostei do posicionamento. Eu já tinha lido o blog quase que de “cabo a rabo”. Eu pesquisei tudo. Tinha visto tudo. Além do conhecimento em si, eu queria também ter o certificado, é como se fosse uma validação do que eu estava fazendo profissionalmente. Isso pesou muito para mim também, porque o Paulo é reconhecido no mercado, ele tem um nome, e então associar os nomes é muito interessante pra mim. E foi muito rico!

Então essa foi minha trajetória até aqui. Meu trabalho hoje ainda tem relação com o marketing digital, mas não sou mais executora das estratégias. Hoje meu foco é ajudar as clientes a saber o posicionamento digital delas, saber como elas querem ser vistas pessoal e profissionalmente. E aí a ideia é ajudar as pessoas com o processo de mentoria, trocar as vivências, porque é o que acontece muito. Por isso que eu acho que o termo mentoria se aplica mais que o termo consultoria. Meu envolvimento é muito maior com os clientes. Eu ajudo sim na parte técnica, mas o objetivo é fazer com que as pessoas se conheçam e possam aplicar isso de forma estratégica no sentido digital, de acordo com o objetivo do negócio delas.

A gente pode dizer que o seu trabalho é ajudar as pessoas a se conhecerem melhor para se apresentarem no mercado de maneira mais coerente com o que elas realmente são?

É. O trabalho de branding pessoal é desenvolver a marca pessoal. É a pessoa se entender como marca, entender que tudo o que ela fala e faz que é escutado pelo público tem uma percepção diferente a depender do indivíduo e cabe a ela saber como quer ser vista. Eu deixo muito claro que o trabalho não é criar um personagem pra ser aceito, mas sim o que você gostaria que as pessoas soubessem sobre você e seu trabalho que vai potencializar o seu negócio, a sua profissão. Nem todos os meus clientes são empreendedores, tem gente que faz carreira dentro de empresa e quer isso. É o famoso “por que você?”. Por que as pessoas devem te validar? O que você tem que vai fazer a diferença na vida das pessoas? Vocês sabem melhor do que eu que o digital é um excesso de gente falando pra todo mundo. É muita informação e para você se destacar no meio da multidão é importante as pessoas dialogarem com você e se sentirem confortáveis com isso. Então é mostrar o que você é e não criar um personagem extremamente perfeito.

Você trabalha com empresas também ou só com profissionais autônomos?

Eu tenho 2 tipos de clientes hoje. O primeiro acaba sendo o perfil empreendedor, até por eu ser empreendedora também, e as empresas. Entre os empreendedores, eu atuo com pessoas que tem o caráter instrucional, que instruem outras como, coaching, advogado, professor, mentor e os profissionais da área de saúde e bem-estar. Para as empresas, eu presto serviço tanto de branding profissional para os colaboradores, quanto de branding digital em projetos específicos, trabalhando o posicionamento da empresa.

Tem gente que me procura porque quer ser o famoso do instagram e eu procuro clientes que não foquem em números, mas na qualidade do que está sendo passado, porque é uma consequência. Eu mesma, por exemplo, tenho poucos seguidores, eu colocaria isso entre aspas, mas minha agenda é cheia e os números não definem minha capacidade. Então, assim, quando eu penso em que tipo de cliente eu atraio, eu vejo que tem muito a ver com valor, porque esse arquétipo de clientes que eu gostaria de atender já está bem definido. O mentoring me ajudou a enxergar valores. Até as vivências que o Paulo compartilhou me fizeram ter outro olhar sobre o que eu gostaria para mim e sobre como eu poderia aplicar o que eu estava aprendendo.

Em que mais o curso agregou ao seu trabalho?

Primeiro, eu aprendi a metodologia. Eu não aplico o processo completo porque há algumas coisas que não se encaixam, mas a maioria eu consigo aplicar. Mas o Paulo nos passa uma flexibilidade. Então, assim, você vai adaptando de acordo com a sua atuação. Tinha gente de tudo quanto é profissão no curso. E tem duas coisas que eu falo publicamente que o mentoring me ajudou. Uma foi endossar a escuta ativa na minha vida de maneira geral, não só no trabalho. Eu não era muito de ouvir ativamente. Eu nunca deixei de trazer resultado para os clientes, mas eu percebi durante a Formação que eu poderia fazer mais. Então eu passei a praticar a escuta ativa e isso pra mim foi muito rico, muito importante pra tudo.

A outra coisa é que a Formação me deu, digamos assim, o aval para me nomear mentora. Na verdade eu sempre fui isso, mas não sabia. Eu até falei isso para o Paulo na Formação. E as experiências que ele compartilha, mais até do que a parte técnica, que é excelente, me fizeram pensar em muitas coisas com relação à minha profissão, a como eu gostaria de seguir. Enfim, me deram um direcionamento mais específico. O Paulo foi literalmente meu mentor. Eu até já considerei ter uma mentoria individual com ele pra desenvolver outras coisas mais específicas.

Entre os clientes que você já atendeu, há algum caso em especial que você considere que fez a diferença como mentora?

Tem alguns casos, mas tem um que envolve superação pessoal. Ela é minha cliente ainda, estamos em um tipo de pós-processo, tipo uma mentoria contínua. São menos encontros, eu faço duas sessões por mês e faço o acompanhamento diário do que ela produz. Eu sigo a pessoa, acompanho o que ela está fazendo, dou feedback. Enfim, eu realmente participo ativamente. É uma cliente que é consultora de estilo. Ela era advogada e vem de uma família bem estruturada financeiramente, mas ela tinha vários problemas em relação à mudança de profissão, à aceitação da família… E ela veio muito sem saber o que fazer em todos os sentidos. Ela sabia o que queria ser, mas não tinha definido absolutamente nada: serviço, pitch, como ela iria se apresentar, que tipo de cliente ela queria, nada. Aí a gente fez um processo de consultoria, onde a gente conseguiu definir essas coisas. Na verdade, eu nunca dei a resposta pra pessoa: eu sempre procuro, como o Paulo mesmo recomenda, fazer a pessoa encontrar sua própria resposta.

Estamos nessa parceria há 6 meses e já renovamos para o ano que vem (a entrevista foi em dezembro de 2018). Ela hoje é outra pessoa. Recentemente, foi chamada para ser consultora, mas, como nunca tinha trabalhado com o público masculino, estava se sentindo meio insegura. Então meu processo de mentoring com ela acabou encorajando-a a aceitar o desafio e deu supercerto. Na verdade, ela conseguiu fazer uma transformação na empresa e hoje eles estão considerando, ano que vem (2019), começar a oferecer produtos e serviços para mulheres por causa do case dela. Eu fiquei superemocionada e feliz com o desenvolvimento dela, porque é uma pessoa que valida o seu trabalho, sabe? E ver esse reconhecimento não tem dinheiro que pague.

Existe algum processo formado no serviço de mentoring que você oferece?

Antes de fazer branding, eu fiz uma formação em design thinking. Foi o começo de tudo para chegar ao ponto onde estou. Eu amo o conceito e tudo que envolve design thinking. Então minha metodologia foi construída com base nisso. Eu só trabalho com muita ferramenta e atividade dinâmica porque fica mais fácil para desenvolver as pessoas. A minha metodologia é dividida em 3 momentos. Para a pessoa criar conteúdo, precisa conhecer o mercado dela e, para isso, ela precisa primeiro se conhecer. Então a primeira parte é o autoconhecimento, a segunda parte é mercado e a terceira parte é conteúdo estratégico. Resumindo, seria isso.

Qual a duração desse processo?

Eu trabalho com 10 sessões. Eu começo com uma sessão de diagnóstico, em que a gente faz o alinhamento de expectativa, que foi uma coisa crucial que eu aprendi durante a Formação com o Paulo. Então a gente vai entender realmente o que o cliente precisa, qual a situação dele, quais os objetivos para saber se ele realmente precisa do meu trabalho ou de terapia (risos). Só a partir desse encontro é que eu apresento a proposta ideal para ele. Aí acontece o processo e, quando termina, há casos que o cliente quer continuar, que é o caso da mentoria contínua. O objetivo é fazer o cliente ter autonomia, não ficar dependente. Eu já trabalhei com processos mais longos, mas além de ser muito cansativo, eu não vi muita necessidade. Eu testei muito a dinâmica dos serviços que eu iria oferecer e hoje é dessa forma.

Para você, qual o poder transformador do mentoring?

Essa me pegou de surpresa! Eu acho que é a valorização do capital humano como um todo. O mentoring humaniza muito os relacionamentos porque ele pega dores e fraquezas, coisas negativas, e consegue fazer uma transformação. Pra mim, o mentoring teve importância nos dois sentidos. Tanto pra eu aplicar na minha vida pessoal, poder ouvir mais os meus amigos e familiares, por exemplo, praticar a escuta ativa. Então eu faço esse trabalho comigo mesma pra conseguir ouvir de uma forma empática e não ansiosa, querendo dar a resposta. Só essa ação faz muita diferença pro outro. Isso contribuiu muito para os meus relacionamentos de uma maneira geral e é um ótimo direcionamento para o lado profissional também.

Na sua vida, quem são as pessoas que você identifica como mentoras?

Houve várias pessoas, mas ninguém foi tão mentor pra mim quanto o meu pai. Ele é falecido, mas o que eu tive com ele foi mentoria em tudo quanto é âmbito que você imaginar. Ele nunca foi de impor, ele sempre dizia que tudo na vida é ambivalente. Então você tem o sim e você tem o não. Você pode fazer ou não fazer e cada escolha vai ter as suas vantagens e desvantagens. Ele me fazia pensar, me fazia tentar encontrar as respostas para as coisas. Ele me sacaneava no final dizendo: ‘Tá vendo? Você tem a resposta. Por que você pergunta?’. Foi meu maior mentor. Tive várias pessoas importantes, mas ele foi a principal nesse ponto.

O Paulo lembra muito meu pai, em diversos aspectos, até porque ele é nascido em Recife também. Apesar de meu pai ter vindo para o Rio com 4 anos de idade, até a cultura familiar dele é muito parecida com as experiências que o Paulo contou na Formação. A forma tranquila com que ele fala também lembra muito meu pai. Enfim, foi uma experiência muito legal, de verdade. Foi um investimento que eu fiz pra vida mesmo.

E você? Quer ser também um mentor profissional? Participe da nossa Formação em Mentoring. Clique no link abaixo para mais informações.

 

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