Hoje você vai conhecer Danielle Costa, profissional de RH do Rio Grande do Norte. Terceira convidada da Série Mentor Profissional, Danielle conta suas primeiras experiências como mentora dentro e fora do ambiente organizacional e seu desafio de implantar um programa de mentoring na OAB-RN, onde trabalha atualmente.
O texto é da jornalista Maíra Borges e a produção para a entrevista, da publicitária Virgínia Lima. Danilo Miquéias é o responsável pelo design.
Boa leitura!
Perdeu as outras entrevistas da Série? Conheça a história de May Medeiros, profissional de RH que se tornou mentora de carreira, e a de Lisella Zaffari, consultora e mentora em marketing.
Como era sua atuação profissional antes do mentoring?
Sou formada em Administração com especialização em Gestão de Pessoas. Desde 2000, trabalho na área de recursos humanos. Atuei em empresas de médio e grande porte, dos ramos de têxtil, hospitalar e de salina. Implantei RH em algumas delas, trabalhei com todos os subsistemas de RH, mas o desenvolvimento humano sempre foi minha identificação maior.
De onde surgiu o interesse pelo mentoring?
Eu já tinha lido sobre o assunto, mas não tinha me aprofundado. Daí o presidente da ABRH daqui do Rio Grande do Norte me falou que haveria a Formação em Mentoring com o Paulo. Ele falou: ‘É um curso que vai te agregar bastante no desenvolvimento de pessoas dentro das organizações’. A partir daí eu dei uma lida no material de divulgação do curso, entrei no site de Paulo, onde tive acesso a várias informações, e decidi realmente fazer o curso.
O que você aprendeu com a Formação em Mentoring?
O curso com o Paulo me abriu a mente com relação à mentoria. Eu pude perceber que o mentoring é algo mais atrativo que o coaching, por exemplo, devido à troca de informações e conhecimento com o mentorado. Fazer o curso pra mim foi primordial para eu dizer: ‘É isso que eu quero’. A mentoria me abriu os horizontes com relação ao desenvolvimento das pessoas, um desenvolvimento com retorno mais rápido. Eu já desenvolvia algumas pessoas nas empresas onde trabalhei, mesmo sem saber que eu estava fazendo mentoria, pois eu ainda não tinha formação na área.
Logo depois da Formação, em novembro do ano passado, eu comecei a atuar como mentora de duas empresárias. Uma do ramo de distribuição e outra de serviços. Elas queriam ter uma atuação maior com o RH, queriam implantar o RH no negócio. Então, eu as desenvolvi nesse sentido
Você pode contar alguma dessas experiências de mentoring informal?
Quando eu trabalhava em uma empresa do ramo de salina, consegui desenvolver um menor aprendiz. Ele foi absorvido pela organização, passou a ser auxiliar administrativo. E eu sempre acompanhando o desenvolvimento dele, de perto mesmo. A gente conversava toda semana. Ele se tornou designer da empresa. Foi realmente uma mentoria informal, porque eu não tinha acordo de mentoring com ele, não traçava as metas formalmente… Em um ano e meio ele deixou de ser menor aprendiz e se tornou designer. É muito gratificante você olhar assim: ‘Poxa, eu estou presente nesse desenvolvimento, de alguma forma influenciei’.
O que mudou na sua vida profissional depois de ter contato com o mentoring?
Fazer a Formação com Paulo foi um upgrade na minha carreira. Logo depois da Formação, em novembro do ano passado, eu comecei a atuar como mentora de duas empresárias. Uma do ramo de distribuição e outra de serviços. Elas queriam ter uma atuação maior com o RH, queriam implantar o RH no negócio. Então, eu as desenvolvi nesse sentido, para que elas pudessem desde acompanhar as equipes e chegar mais junto dos colaboradores até executar a parte mais técnica do RH. Os processos terminaram em junho deste ano e elas atingiram o objetivo almejado.
Acho que na mentoria isso é um ponto crucial. A forma como você fala para o crescimento do outro sem agredi-lo. Se você dá um feedback e a pessoa se sente ofendida, acabou a mentoria ali. Eu acho que o desafio maior da mentoria é esse.
O que você aprendeu com essas experiências e o que achou mais desafiador?
Com a vivência do mentoring, você aprende a escutar e a falar na hora certa. Você também aprende com seu mentorado, porque ele traz situações que às vezes você não viveu e isso lhe traz reflexão. Você passar sua experiência, as suas vivências para o seu mentorado, como uma forma de agregar valor para ele, para ele até se inspirar em você e se desenvolver… Nessa troca, você aprende bastante. Para mim foi essencial. A confiança que você adquire do seu mentorado, você ver essa relação de mentor e mentorado, muito próxima, é muito enriquecedor. O que é mais difícil é você conseguir dizer para o outro, dar os feedbacks, que muitas vezes são negativos e as pessoas não estão abertas. Acho que na mentoria isso é um ponto crucial. A forma como você fala para o crescimento do outro sem agredi-lo. Se você dá um feedback e a pessoa se sente ofendida, acabou a mentoria ali. Eu acho que o desafio maior da mentoria é esse.
E hoje, como o mentoring está presente na sua vida profissional?
Atualmente, trabalho na OAB do Rio Grande do Norte. Em paralelo à missão de implantar o RH na instituição, eu também venho atuando como mentora de dois líderes. O objetivo do processo é desenvolver ainda mais a liderança com eles. Estamos trabalhando há um mês e eu já vejo progresso. Com um deles, eu abordei a questão da postura diante dos outros colaboradores e ele mesmo tem falado que já tem notado um outro olhar dos colegas para ele. O mentorado mudou até a questão mesmo de se apresentar, de se vestir, e tudo isso já mudou o olhar das pessoas para ele.
Você ser mentora dentro da empresa é um pouco diferente porque existem as limitações do dia-a-dia, a convivência diária, que tira um pouquinho do foco.
Como é ser mentora de profissionais que atuam dentro da mesma empresa que você trabalha?
Você ser mentora dentro da empresa é um pouco diferente porque existem as limitações do dia-a-dia, a convivência diária, que tira um pouquinho do foco. Mas a gente tem procurado superar isso, separando um horário toda semana e tem dado certo. Trabalhar com a mentoria fora do ambiente organizacional, achei mais simples para atingir os objetivos traçados, pois o processo fica mais aberto. Internamente, sempre tem aquela barreirazinha (sic), por conta da convivência. Então para o mentorado mostrar seu ponto fraco, falar do próprio defeito, é um grande desafio.
Você pretende implantar um programa de mentoring na OAB?
Sim. Estou desenvolvendo esses dois líderes para que eles possam se tornar mentores futuramente, para que tenham maturidade para assumir com segurança esse papel. Essa é a primeira vez que eles estão tendo contato com o RH, com mentoria…
Qual será o objetivo desse programa?
O desenvolvimento da liderança, o espírito de equipe e a excelência no atendimento ao advogado. Eu estou trabalhando com os dois líderes agora nesse sentido, para que eles desenvolvam essas habilidades em suas equipes e, posteriormente, possam abranger a todos os colaboradores da OAB daqui do Estado. Na minha visão, o líder tem esse papel. Essa é minha intenção com o programa, que as pessoas comecem a vivenciar o objetivo grupal, viver o time, e, assim, atingir a alta performance no atendimento ao nosso cliente.
E você? Também tem conhecimento e experiência na sua área de atuação? É reconhecido pelo que faz? Que tal tornar-se também um mentor profissional? Clique no banner abaixo e saiba todos os detalhes sobre nossa Formação em Mentoring.