Ter um mentor é um dos fatores que mais contribuem para o desenvolvimento pessoal e profissional de alguém. Uma boa relação de mentoring pode ser decisiva na hora de atingir objetivos e conquistar espaço na área que se deseja atuar.
No entanto, muito se fala sobre o que é preciso para ser um bom mentor (inclusive, trato disso neste vídeo), mas pouco se discute sobre o papel do mentorado e suas responsabilidades nessa relação que, como sabemos, é uma via de mão dupla.
O modo como o mentorado é ajudado não depende apenas da competência, interesse e disponibilidade do mentor. Depende muito da percepção que este tem sobre o entusiasmo do mentorado para crescer e enfrentar desafios e para enfrentar o compromisso com o processo de mentoring. Assim, considero que existem atitudes e comportamentos do mentorado que fazem toda a diferença nos resultados do processo de mentoring, ajudando-o a obter o máximo da relação. Vamos a eles.
- Ter dedicação e o tempo que o mentorado destina ao mentoring. Se o mentorado estiver encarregado de muitas atividades ao mesmo tempo, é provável que não dedique a atenção necessária ao mentoring e aí de nada adiantam todas as outras recomendações;
- Apresentar ao mentor alguma ideia sobre a visão de futuro e sobre metas para alcançá-la;
- Assumir uma atitude não-julgadora, ajudando a criar um clima de confiança;
- Apresentar suas posições sempre dentro dos limites do respeito e da humildade;
- Declarar-se aberto para receber feedback do mentor e assumir realmente essa atitude, aceitando igualmente elogios e sugestões de melhoria;
- Escutar dedicada e reflexivamente o que o mentor lhe diz, principalmente quando em momentos de aconselhamento;
- Procurar a maior clareza possível no diálogo. Não ficar com dúvidas, procurando entender objetivamente o que o mentor quer dizer, mesmo que para isso tenha de fazer muitas perguntas;
- Assumir responsabilidade pessoal para entender que o foco do processo de mentoring é a evolução do próprio mentorado e, portanto, este deve, ao longo do tempo, tornar-se independente do seu mentor, caminhando com as próprias pernas;
- Entender que, por mais que o mentor seja sábio e experiente, não é obrigado a saber tudo o que o mentorado precisa para se desenvolver. Outras fontes poderão ser necessárias;
- Agradecer ao mentor pela ajuda que ele oferece.
Pronto! Essas são as principais atitudes de um mentorado que considero decisivas para uma boa relação de mentoring. Mas, como disse logo no início do texto, o mentoring é uma via de mão dupla, ou seja, o mentor também tem de estar comprometido. Aliás, uma boa ideia é o mentorado pedir ao seu mentor que o avalie com relação a esses aspectos citados. Dessa forma, o mentorado poderá ajustar os pontos mais críticos de sua postura e conseguir avançar no relacionamento e nos seus objetivos.
Quais outras atitudes ou comportamentos você considera recomendáveis? Explique nos comentários.