Aprendendo com os millenials através do mentoring

A maioria das empresas ainda são lideradas por baby boomers, nascidos nas décadas de 1940 e 1950, e por representantes da Geração X, nascidos nas décadas de 1960 e 1970. Mas esse quadro obviamente vai mudar, pois os millennials, jovens nascidos nas décadas de 1980 e 1990, estão cada vez mais avançando na escada organizacional.

Usar o mentoring para adaptar, integrar e preparar jovens em início de carreira é uma das aplicações mais conhecidas e efetivas do mentoring. No entanto, usá-lo com a finalidade inversa, de transferir conhecimento de millennials para os mais velhos, é algo ainda pouco comum. O que costumamos ver são casos pontuais em que jovens auxiliam veteranos no uso de novas tecnologias digitais e redes sociais.

O que os millennials têm a oferecer?

O que mais as organizações têm a receber dos millennials, além de ganhar agilidade no mundo digital? Existem algumas características próprias dessa geração que não estão diretamente ligadas ao uso da tecnologia e merecem ser apreendidas pelos baby boomers,pelos da Geração X e por toda a organização. Algumas delas são:

  • Visão de mundo mais coletiva e atenta às questões socioambientais;
  • Mais foco na qualidade de vida e menos em questões financeiras e materiais;
  • Maior tolerância a diferenças culturais, religiosas, de gênero, de opção sexual, entre outras.

O poder do mentoring e os millennials

Como vimos, o mentoring pode ajudar as organizações a absorverem o que os millennials têm de melhor. Para isso, sugiro investir na criação de programas bem estruturados de mentoring, aproveitando a dupla direção de aprendizagem que esse processo de convivência pode ter: de um lado, o mais velho promove o desenvolvimento do mais novo, através do compartilhamento da sua bagagem de conhecimento e experiência profissional e pessoal; de outro lado, ao relacionar-se com o mais novo, o veterano tem uma oportunidade impagável de atualizar-se e de conhecer valores da nova geração, muitos dos quais marcarão o comportamento da humanidade nos anos por vir. Em alguns casos, o mais jovem poderá até mesmo atuar como mentor do mais velho, gerando um caso de mentoring mútuo.

As organizações que abraçarem essa ideia não só enriquecerão suas culturas como também alcançarão maior engajamento e menor turnover dos millennials (um desafio, tendo em vista o perfil dos colaboradores dessa geração). Além disso, a atualização dos membros das gerações anteriores trará novas visões e insights sobre o que grande parte do mercado espera em termos de novos produtos e serviços. Assim, todos eles crescem e cresce a organização.

Que outras vantagens você enxerga na criação de programas de mentoring que envolvam os millenials? Conte-me nos comentários!

 

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