Quais os sinais de que você está numa relação de mentoring informal?

O mentoring é uma relação entre pessoas que pode acontecer de maneira intencional e formal, o que tem se tornado cada vez mais comum no ambiente organizacional. Mas, com a disseminação dessa ferramenta que tanto auxilia no desenvolvimento humano, acabamos esquecendo que o mentoring, em sua forma original, acontece de maneira espontânea, informal e, muitas vezes, sem que haja consciência de que esse tipo de processo relacional está acontecendo.

É muito provável que você já tenha vivido uma relação de mentoring e nem faz ideia disso. Eu mesmo posso dizer que tive grandes mentores em minha vida, porém só pude ter consciência do processo e reconhecer aquelas pessoas como  meus mentores quando passei a estudar e entender o mentoring.

O inverso também já aconteceu: mentorei muitas pessoas e só me dei conta disso muito tempo depois, quando, por exemplo, algumas me procuraram para agradecer. Imagine ser convidado para um almoço por um ex-liderado, alguém que você não vê há mais de 10 anos, e ouvir dele “Obrigado por tudo o que você fez na minha vida. Todas aquelas nossas conversas em que você me escutava atentamente, me orientava e aconselhava, inclusive sobre questões da minha vida pessoal, me ajudaram muito, foram decisivas. Hoje até sou professor universitário e muito disso devo a você”.

Pois é. Fiquei surpreso. Mas esse tipo de situação não é um caso isolado e, claro, não acontece só comigo. O mentoring ocorre normalmente na vida das pessoas, só que muitas vezes elas não se dão conta do que está acontecendo. Porém, com a popularização e o estudo intensificado do assunto, fica mais fácil reconhecer os mentores da nossa vida e também ser reconhecido por quem mentoramos.

Abaixo estão listadas as principais atitudes e comportamentos de um mentor, para que você descubra se está ou se já esteve em uma relação de mentoring. É bom lembrar que nem todas as situações descritas acontecem em todos os casos. O mais comum, na ocorrência do mentoring, é a presença das quatro primeiras.

  • É capaz de aceitar o outro da maneira como é, acolhendo sem prejulgamentos. Na prática, trata o outro sem hierarquia, deixando-o à vontade para ser quem realmente é e para expor suas dificuldades;
  • Tem um saber e atitudes que o outro considera exemplares e anseia por também possuir;
  • Orienta o outro, oferecendo sugestões, atalhos e outros recursos que o ajudam a alcançar seu objetivo;
  • Escuta o outro de forma atenta e reflexiva, desenvolvendo diálogos construtivos que servem de base para o processo de aconselhamento. Neste processo, compartilha experiências pessoais e profissionais semelhantes às que o outro está vivendo, como forma de oferecer uma fonte para reflexão e aprendizado;
  • Alerta o outro, para que ele evite riscos desnecessários que possam comprometer seu desenvolvimento e sua imagem no ambiente em que atua;
  • À medida que o outro se desenvolve, começa a criar oportunidades para que este demonstre suas competências. Por exemplo: expondo o outro a situações que antes não saberia como agir;
  • Quando tem condições para tanto, defende para o outro posições de maior relevância dentro do contexto em que ele está se desenvolvendo;
  • Demonstra que confia na capacidade do outro, dirigindo a ele um interesse autêntico pelo seu desenvolvimento e sucesso;
  • Permite abertura para um relacionamento mais próximo, propiciando, em alguns casos, o surgimento de uma forte amizade.


Essas são algumas situações comuns numa relação de mentoring. Você consegue identificar a ocorrência de algumas na sua vida? Aconteceu com você no papel de mentor ou de mentorado? Conte a sua sua história nos comentários!

 

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