Com sólida carreira em gestão de projetos, Elias Jean Trambacos se torna mentor profissional

Elias Jean Trambacos_Mentor Profissional

Dois anos depois de realizar a Formação em Mentoring, o engenheiro e gestor de projetos Elias Jean Trambacos já reúne experiência com mentoring organizacional, para academia, para startups e de carreira. Na construção de sua trajetória profissional, Elias sentiu falta de mentores com quem pudesse contar. Esse é um dos motivos pelos quais contribuir com o crescimento de outras pessoas através do mentoring tem sido hoje o propósito de sua vida. Conheça a história de Elias Jean Trambacos nesta edição da série Mentor Profissional.

A produção da entrevista é de Renata Tavares com texto de Maíra Borges e design de Danilo Miquéias.

Conheça os outros entrevistados da série Mentor Profissional aqui no blog!

Boa leitura!

Elias Jean Trambacos_Mentor Profissional

Elias, você pode contar um pouco da sua formação e trajetória profissional até hoje?

Eu me formei em Engenharia e minha carreira foi focada predominantemente em gestão de projetos industriais. Trabalhei em duas grandes empresas de engenharia nacionais, que ao longo do tempo se tornaram empresas multinacionais. Tive oportunidade de atuar na área de engenharia por quase 30 anos. No transcorrer deste tempo, fui galgando posições até me tornar gestor de projetos e nos últimos anos da minha carreira trabalhei  numa grande construtora civil nacional, numa posição corporativa. Nesse meio tempo, a gestão de projetos se tornou algo bem presente me motivando a fazer vários cursos na área, a me associar ao PMI (Project Manager Institute), uma organização sem fins lucrativos de âmbito mundial, através da qual obtive uma certificação em 2005 que possui reconhecimento internacional. A partir daí, fui aprofundando o conhecimento no tema, sempre alinhado com  a experiência profissional que fui obtendo com a condução dos projetos. Em determinado ponto da carreira, comecei a me voltar mais para uma posição com ênfase em administração empresarial. Eu já tinha feito há alguns anos atrás um curso de administração industrial na Fundação Carlos Alberto Vanzolini, pertencente à USP, mas entendi por bem fazer um MBA em administração empresarial com ênfase em gestão na FGV. Na sequência fiz um pós-MBA em inteligência empresarial também na FGV. Ou seja, comecei a moldar minha carreira para uma atuação  corporativa. Esse ciclo se findou em outubro de 2016, a partir de quando comecei minha transição de carreira.

 

Como foi essa mudança?

Para guiar essa transição, participei de um processo de coaching, que me ajudou a organizar melhor as minhas ideias. A partir daí tive a oportunidade de integrar o grupo de mentores que do PMI de São Paulo. Foi uma primeira experiência em mentoring com a qual me identifiquei muito e que me motivou a seguir nesta direção. Isso começou em março de 2017 e prossegue até os dias de hoje, o que vem me trazendo muita gratificação pessoal nesta iniciativa voluntária..

 

E como você chegou à Formação em Mentoring?

Eu fiz um curso para formação de instrutores em gerenciamento de projetos, no qual havia uma professora em particular que tinha ouvido falar do Paulo Erlich e, como era do seu conhecimento o meu interesse em mentoring, ela me informou que haveria um curso dele aqui em São Paulo. A boa fama dele já tinha sido antecipada e aí eu fiz a inscrição. Foi uma experiência muito rica e interessante. O Paulo sem dúvida leva essa atividade, assim como eu, como um propósito de vida. Então o curso foi muito prazeroso, o conteúdo muito pertinente e, mais que tudo, ele não só nos ensinou a metodologia, mas a utilizou no próprio curso obtendo assim um resultado positivamente invejável tendo em vista termos tido a oportunidade de vivenciá-la na prática.. De certa forma, ele deu o curso como nosso mentor. Foi uma experiência muito feliz que tive a satisfação de vivenciar!

Outro fator que pesou para eu buscar uma formação foi quando percebi que a capacidade de influência do mentoring vai além do que podemos imaginar num primeiro momento dada a influência que passamos a ter sobre a vida das outras pessoas. Um fato relevante foi quando eu estava trabalhando com um mentorado numa área na qual havia necessidade de aprimoramento e num dado momento ele me disse: “Isso que eu estou vivenciando aqui está me ajudando no relacionamento com meu pai e com meu filho”. Esse é um exemplo muito marcante e que me mostrou que o mentoring tem um alcance muito maior do que eu pensava a princípio. Como decorrência, isso acaba acarretando uma responsabilidade ainda maior para o mentor que está lidando com a realidadede outra pessoa. Pensando nisso, eu então resolvi fazer uma formação com quem tem experiência no assunto para evitar prejudicar alguém sem perceber. Foi aí que eu busquei um curso e tive a felicidade de conseguir fazer com Paulo. Sinceramente, eu havia procurado por outras alternativas e, para minha boa surpresa,  numa delas o próprio dono da escola falou do Paulo com muito respeito, admiração e de forma espontânea, o que me deu ainda mais certeza da direção a seguir.

 

Você chegou a buscar informações sobre o Paulo em sites e nas redes sociais?

Sim. Eu vi que havia um site muito bem estruturado com um conjunto de informações de acesso gratuito e de muito bom nível, inúmeros papers, dissertações, teses… Tudo muito condizente com o espírito do mentoring, que é compartilhar experiência e conhecimento. Dessa forma a decisão por fazer o curso ministrado pelo Paulo foi muito tranquila e assertiva..

 

Você já trabalhava como mentor antes de fazer a Formação …

Muito do princípio e da essência do mentoring, que é valorizar, incentivar e dar oportunidade de crescimento a profissionais eu procurava fazer, dentro do que me era possível, desde a minha época enquanto gestor de projetos. Não tinha ciência desse nome, mas já trazia comigo o espírito do tema. Sem dúvida, faltava uma formação profissional que me permitisse dar um tratamento mais estruturado para esta iniciativa. Por conta disso, foi muito fácil a minha identificação com essa área. Quando fiz a Formação com o Paulo eu tinha poucos meses de atuação formal de mentoring oriunda da minha atuação junto ao PMI, que foi importante para poder perceber com nitidez a riqueza do conteúdo da referida Formação.

 

O que você destacaria como principal aprendizado da Formação em Mentoring?

A Formação me proporcionou uma visão mais estruturada e organizada do assunto, graças aos estudos e a experiência do Paulo, que reflete um ciclo de atuação definido com etapas bem caracterizadas, sequenciamento lógico, o que fazer em cada etapa, o que esperar em cada uma delas, o que realmente precisaria para ser um mentor e que cuidados eu precisaria tomar na aplicação da metodologia. Enfim, essa roupagem mais estruturada, somada ao fato de que o Paulo aplicou o mentoring no próprio curso para nos ensinar, foram, sem dúvida, os pontos de maior destaque. Sem falar que ele também se colocou totalmente à disposição da turma para ajudar, mesmo depois do término do curso.

 

Desde que você teve contato com o mentoring, como tem sido a sua experiência com a aplicação da metodologia?

Bom, comecei a atuar junto ao PMI no início de 2017, como mentor voluntário, e ao longo do tempo, tive a oportunidade de integrar a equipe responsável pela gestão e condução do seu Programa de Mentoring, o que foi uma experiência muito rica, além de ter conhecido pessoas extraordinárias. O programa acabou tendo sua maturidade incrementada, graças ao trabalho desse grupo organizador, a ponto de servir de inspiração para outros capítulos (sedes) do PMI em outros estados do Brasil. Além disso, nossa liderança maior começou a compartilhar essa experiência não só no âmbito nacional, extrapolando as nossas fronteiras, chegando a outros países da América do Sul, que começaram a se interessar também por essa iniciativa. Para culminar, o PMI promove um congresso anual de âmbito global, o qual congrega todos os seus capítulos ao redor do mundo, que perfazem hoje cerca de 270, para o qual a referida liderança enviou um paper sobre o programa de mentoring do PMI SP e, para nossa felicidade, ele foi aprovado. Como consequência, nossa liderança foi ao evento nos EUA e apresentou para o mundo o trabalho de mentoring feito aqui em São Paulo. Sinto muito orgulho de ter participado de um grupo que conseguiu levar uma iniciativa tão louvável como essa a um nível tão elevado e dando visibilidade ao nosso país

 

Foi nessa ocasião que você foi premiado?

Não. A premiação aconteceu mais recentemente. O PMI SP premia anualmente os mentores voluntários que se destacaram ao longo do ano e, no final de 2018, tive a grata surpresa de ser agraciado com essa homenagem. Vale ressaltar que esse reconhecimento foi fruto de um trabalho em equipe, à qual por justiça e mérito eu dediquei o prêmio assim que o recebi.

 

Além das atividades no PMI, você também atuou com mentoring em outros ambientes. Não é isso?

Em paralelo ao PMI, eu tive a oportunidade de mentorar dois jovens profissionais da área de gestão de projetos, cujos processos finalizaram no final de 2018. Um deles assumiu uma posição de destaque num escritório de direito especializado em causas trabalhistas, e entendeu que o processo de mentoring que ele tinha tido comigo deveria ser replicado na empresa. Então, em novembro do ano passado (2018) nós conversamos sobre essa ideia e, na sequência, eu comecei uma atuação de mentoring de âmbito empresarial. Iniciei nivelando os conhecimentos da equipe sobre os conceitos do PMBOK (um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos criado pelo PMI) e, no momento, estou conduzindo processos de mentoring com duas pessoas da mesma empresa.

Outra iniciativa que tive no início de 2018 foi me aproximar do mundo acadêmico, para o que comecei um mestrado profissional em administração na FECAP. Um dos professores é responsável pela disciplina de empreendedorismo e, graças à sua iniciativa, lançou as bases para o que se tornou um programa de mentoring. Para tanto, no primeiro semestre de 2018, ele convidou algumas pessoas do seu círculo de amizades para atuarem como mentores de grupos de alunos com o intuito de desenvolver um projeto de startup. Nesse meio tempo, eu o conheci e conversamos sobre a questão do mentoring. No segundo semestre de 2018, ele me convidou para ser mentor naquela iniciativa e eu me ofereci para fazer uma apresentação sucinta sobre mentoring para os mentores desse programa, cujo resultado foi bem interessante. No início do primeiro semestre de 2019, esse programa de mentoring ficou ainda melhor estruturado e acabou tendo uma repercussão positiva na escola. Outro professor da Universidade me convidou para participar da criação de outro programa de mentoring voltado à melhoria do atendimento das necessidades acadêmicas dos alunos de graduação da escola. Sendo assim, estou envolvido em dois programas de mentoring na área acadêmica. E o tema da minha dissertação é sobre mentoring voltado a startups.

 

Como você já teve experiência com mentoring em diferentes áreas, qual seria o diferencial do mentoring para startups, no seu ponto de vista? Você vê alguma diferença?

Tem diferença sim. No mentoring de carreira, forma-se uma relação entre mentor e mentorado muito mais profunda e de longo prazo. Existe aí de fato um processo que contribui para o aprimoramento profissional aliado a um aumento da sua maturidade emocional para que ele possa lidar melhor com os desafios que se apresentam no seu dia-a-dia. Então é um processo mais de formação, de descoberta. Tem que ter um cuidado mais próximo. Quando você parte para o mentoring de startup, o foco muda das  pessoas para o negócio que o grupo deseja desenvolver, ou seja, aonde eles querem chegar e quais são as nuances do que pretendem fazer. A partir disso, o mentoring será usado nesse sentido. Não vai ser uma relação tão pessoal e profunda quanto à relação formada no mentoring de carreira. Com as startups, o foco do mentoring tem que ser mais abrangente, visando abarcar questões relevantes para ajudar o grupo a se estruturar melhor e ter sucesso na sua iniciativa. Mas o princípio da metodologia está preservado. As roupagens é que são diferentes.

 

E você, Elias, teve mentores ao longo da vida?

Sendo bem transparente, diria que foram poucos casos em situações bem pontuais. Não tive a felicidade de ter um mentor do naipe do Paulo que num momento da minha carreira pudesse ter me orientado, ajudado e compartilhado. Exatamente por não ter tido um mentor é que eu me motivei a compartilhar conhecimento e experiência com os demais porque eu sei a falta que isso faz.

 

Mesmo não tendo contado com mentores, você se sente feliz em ser mentor?

Bastante. Por exemplo, um dos meus mentorados me fez uma surpresa muito marcante. No dia 2 de janeiro de 2019, a primeira mensagem que ele pôs no Facebook  para toda a sua rede de contatos foi contando sobre o nosso processo de mentoring, descrevendo desde o começo, a evolução e as conquistas que ele obteve com isso. Foi muito gratificante e emocionante para mim ter esse reconhecimento vindo de um profissional que eu admiro e que merecidamente se encontra numa fase profissional ascendente. Para se ter uma ideia, em menos de 2 meses em uma grande empresa ele já teve a oportunidade de mostrar seu valor a ponto de receber um aumento. Mas o que eu mais gostei de saber é que ele está muito feliz e isso é o maior presente que um mentor pode ter.

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